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Entenda as principais regras de um rodízio de veículos

Nos dias atuais, o trânsito se tornou um dos grandes problemas das cidades grandes, mas o rodízio de veículos pode ser uma boa opção para solucionar essa questão.

Consulte aqui os débitos do seu veículo

rodízio de veículos

Oi, motorista!

Com o alto volume de carros circulando pelas metrópoles, o rodízio de veículos tem se tornado uma estratégia eficiente para algumas cidades como forma de melhorar as condições do trânsito, proporcionar mobilidade e diminuir a poluição do ar.

No Brasil, essa medida já foi implementada em São Paulo, o que gera a possibilidade de se estender por outras cidades do país. Por esse motivo, elaboramos este conteúdo para mostrar seu funcionamento, suas principais regras, como os motoristas devem proceder e demais informações sobre o assunto.

O que é rodízio de veículos?

O rodízio de veículos se trata de uma normatização municipal criada com a finalidade de tentar reduzir a quantidade de automóveis circulando pela cidade nos horários de pico. Dessa forma, alguns carros ficam restritos de circular em determinados dias e horários, usando critérios como os números finais da placa, por exemplo. Caso os motoristas desobedeçam as regras, sofrerão penalidades com multas e demais sanções.

Devido a sua eficácia, essa é uma prática usada por grandes cidades ao redor de todo o mundo. Como foi dito, no Brasil, somente a cidade de São Paulo aderiu ao sistema até o momento, que pode ser aplicado de formas diferentes, tanto permanentes quanto temporárias. No caso de SP, dependendo do número final da placa, o veículo fica proibido de circular em dias, horários e espaços geográficos específicos.

Nesse caso, o horário definido considera o período de pico, no qual o tráfego e o volume de carros nas ruas aumentam de maneira considerável. Já em relação ao limite geográfico, a restrição não é em toda a cidade, já que as áreas englobadas pelo rodízio fazem parte dos centros e bairros que viabilizam acesso a esses núcleos.

Na maioria dos casos, o rodízio é suspenso aos finais de semanas e feriados. Afinal, nesses dias ocorre um esvaziamento comum nas vias de tráfego.

Por que o rodízio de veículo foi criado?

Apenas a adoção de uma direção defensiva por parte dos motoristas, apesar de ser muito importante, não é o suficiente para alcançar a fluidez do trânsito em uma cidade grande, principalmente aquelas que contam com uma quantidade relevante de população e carros.

Como forma de solucionar esse problema, o rodízio foi criado com foco na redução do trânsito e melhoria das condições de fluxo nas vias mais movimentadas, além de minimizar a poluição atmosférica provocada pelos veículos e fazer com que as grandes metrópoles se tornem mais humanas. Tudo isso com restrição do volume de carros em circulação nos dias da semana.

Devido às suas vantagens, esse é um tipo de sistema que vem ganhando bastante força nos últimos anos.

Como acontece o rodízio de veículos?

O rodízio acontece por intermédio da regulação de quais veículos estão autorizados a circular pela cidade nos horários de pico. Para isso, os números finais das placas são usados como um tipo de parâmetro para essa restrição. Portanto, existem diversas maneiras de fazer o sistema funcionar.

Os horários de limitação também podem variar de acordo com as necessidades identificadas, por exemplo, os números das placas são separados pelos dias da semana. No entanto, nada impede que sejam feitas alterações dos detalhes do rodízio em relação aos dias e horários, caso seja necessário.

Em quais cidades existem o rodízio?

Como dissemos, no Brasil, a única cidade a implementar o sistema de rodízio de veículos é São Paulo. Os locais em que os carros não podem circular no horário de pico são estipulados por meio de um anel viário desenvolvido pela CET.

Fora do país, várias cidades do mundo também optaram por adotar o sistema, tanto de forma permanente, como é o caso do rodízio de Atenas, Santiago do Chile, Medellín, Bogotá, La Paz, San José, Quito e Cidade do México quanto de maneira temporária, ou seja, somente por um curto período, que pode ser uma semana, um mês, entre outros, como já ocorreu em Paris, Milão, Roma, Londres e Nova Delhi.

Quais são os veículos isentos do rodízio?

Na cidade de São Paulo, existem alguns veículos que estão isentos de fazer parte do rodízio, são eles:

  • motocicletas e similares;
  • táxis;
  • transporte escolar;
  • transportes coletivos e de lotação autorizados;
  • guinchos;
  • veículos usados em serviços essenciais de emergência.

Além disso, é possível que as pessoas com deficiência solicitem a isenção ao rodízio devido às suas condições de saúde. Pessoas que apresentem deficiência física (mesmo que temporária), doenças mentais e indivíduos em tratamento debilitante de doenças graves são alguns exemplos.

Nesse caso, será preciso preencher o formulário e encaminhar o seu pedido. Depois de fazer o preenchimento da solicitação, é necessário imprimir uma cópia e anexar alguns documentos a essa via. Geralmente, são eles:

  • original e cópia autenticada do atestado médico que comprova a deficiência, no qual deve estar presente o CID, devidamente carimbado e com a assinatura do médico responsável. O ideal é que esse documento seja dos últimos três meses;
  • cópia do CPF do portador de deficiência física;
  • cópia simples do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo);
  • cópia simples do documento de identificação, como o RG. Caso não tenha acesso a esse documento, pode ser usada a cópia de certidão de nascimento;
  • caso seja um representante legal, será preciso anexar uma cópia da curatela ou da guarda permanente.

Entenda as regras do rodízio de acordo com os finais da placa

Como já foi falado nos tópicos anteriores, o rodízio é uma medida encontrada para diminuir o volume de automóveis nas vias, especialmente nas mais movimentadas da cidade. Por meio dele, uma porcentagem considerável de carros e caminhões fica restrita de circular em determinados dias e horários.

Em São Paulo, no decorrer do sistema são definidos os finais das placas que deixam de circular por ruas específicas, se expandindo para a capital, em um certo dia da semana.

Essa limitação vale de segunda-feira a sexta-feira em dois horários: das 7h às 10h, e, depois, das 17h às 20h, sendo:

  • segunda-feira: placas com final 1 e 2;
  • terça-feira: placas com final 3 e 4;
  • quarta-feira: placas com final 5 e 6;
  • quinta-feira: placas com final 7 e 8;
  • sexta-feira: placas com final 9 e 0.

Um ponto que deve ser destacado é que essa ação vale, inclusive, para os veículos que apresentam registros de outros municípios. Ou seja, um carro com a placa do município do Rio de Janeiro, por exemplo, também vai se enquadrar nas regras do rodízio de veículos caso esteja na Cidade de São Paulo.

Outra questão que você deve saber é qual zona de rodízio integra as seguintes localizações, conhecidas como centro expandido:

  • Marginal do Rio Tietê;
  • Marginal do Rio Pinheiros;
  • Avenida dos Bandeirantes;
  • Avenida Afonso d’Escragnolle Taunay;
  • Complexo Viário Maria Maluf;
  • Avenida Presidente Tancredo Neves;
  • Avenida das Juntas Provisórias;
  • Viaduto Grande São Paulo;
  • Avenida Professor Luís Ignácio de Anhaia Melo;
  • Avenida Salim Farah Maluf.

Quais são as consequências de não seguir o rodízio?

O artigo 187 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que dirigir o veículo em vias e horários não permitidos por meio da norma é caracterizado como infração média. O condutor pode ser multado no valor de R$ 130,16, bem como receber 4 pontos em sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Os resultados alcançados com o uso desse sistema podem ser considerados positivos, já que além da redução do fluxo do tráfego, existe a minimização dos impactos ambientais. Assim, o primeiro prejuízo identificado com o descumprimento da medida está ligado às relações humanas, tendo em vista que além de ser desrespeitoso com os indivíduos ao redor, os infratores atrapalham a finalidade do rodízio.

O segundo impacto está associado aos prejuízos causados ao orçamento do motorista infrator, que terá que realizar o pagamento da multa devido a uma prática que poderia ser evitada com o cumprimento da regulamentação.

Precisamos lembrar mais uma vez que, apesar de o rodízio ser uma particularidade da cidade de São Paulo, o cumprimento não é exclusividade dos motoristas da cidade. Então, os veículos emplacados em outros municípios também estão sujeitos à aplicação da norma. Isso significa que, mesmo que o carro tenha a placa registrada em outra cidade, está obrigado a cumprir as determinações ao circular pelo município.

Por esse motivo, caso o seu veículo tenha a placa proibida de circular pelo local durante um dia da semana e horário definido, fique esperto para não ser autuado. Se o descumprimento ocorrer mais de uma vez, a multa pode ser aplicada em todas as ocasiões. A única coisa que não pode acontecer é duas multas serem aplicadas no mesmo período.

Como ficar atento às datas?

Alguns métodos podem ser usados como forma de ficar atento às datas em que seu veículo ficará restrito de rodar na cidade e, assim, evitar o cometimento de infração e recebimento de penalidades. Isso porque, com o avanço da tecnologia, alguns aplicativos podem ser usados para alertar quais dias da semana o rodízio se aplicará a você.

Como usar o carro no dia do seu rodízio?

Os mesmos aplicativos usados para alertar quais dias da semana o rodízio se aplicará ao final da placa do seu carro também podem ajudar a encontrar a melhor rota para chegar ao destino, já que essas ferramentas auxiliam os motoristas a encontrarem o caminho mais rápido e, ainda, evitar a zona de rodízio no município de São Paulo.

O intuito é oferecer um caminho mais ágil, com rotas em torno das regiões afetadas pela norma. Os aplicativos também podem avisar quando um percurso sugerido for proibido naquele dia. Dessa forma, o mecanismo proporciona grandes vantagens, como agilidade na locomoção e redução das chances de receber sanções.

O que fazer caso precise sair no dia do seu rodízio?

Nesse tipo de situação, existem algumas medidas que você pode aplicar para chegar ao seu destino sem necessitar do seu carro e correr o risco de cometer uma infração. Veja abaixo algumas delas.

Pegue carona

Pedir uma carona para o amigo ou colega que esteja indo para a mesma direção que você é uma boa alternativa. Afinal, além de não desrespeitar o rodízio, isso ainda diminui o tráfego, já que ocupa menos espaços nas vias da cidade.

Faça o uso de bicicletas

A cada dia, as bicicletas têm sido mais utilizadas como transporte nos grandes centros urbanos, já que além de sustentáveis, ocupam pouco espaço e são alternativas econômicas. Hoje, você já pode encontrar várias bicicletas para alugar e usar quantas vezes quiser espalhadas pelas principais vias.

Isso é um ótimo recurso para conhecer melhor a cidade por meio da extensão de ciclovias paralelas às avenidas que interconectam as principais regiões. O preço para o aluguel é bastante acessível, sendo uma alternativa interessante até mesmo para o transporte público tradicional.

Utilize o transporte público

Se as alternativas anteriores não se encaixam na sua rotina ou estilo de vida, o transporte público, como os ônibus e metrôs, é uma das melhores soluções quando o assunto é sair nos dias de rodízio.

Isso porque são opções que estão disponíveis em praticamente todas as regiões da cidade, além de promoverem o movimento em massa dos cidadãos e evitarem o fluxo desnecessário de veículos com apenas uma ou duas pessoas — o que ocupa um espaço enorme nas vias.

Deixar para sair em horários alternativos

Caso opte por não abrir mão de sair com o seu carro, é preciso que você faça um planejamento para se locomover em um horário alternativo, que se enquadre no período anterior ou posterior ao período do rodízio. Decidir sair mais cedo pode ajudar a evitar o trânsito e chegar antes ao local de destino.

Agora que você entende melhor o que é o rodízio de veículos, sua finalidade e como funciona, é importante estar atento a todas as regras. Dessa forma, você consegue se organizar e precaver para respeitar os dias e horários que recaem sobre o seu carro, evitando problemas.

Gostou deste conteúdo? Então, aproveite para ler o nosso texto “compra e venda de veículos: como vender um carro?” e saiba mais sobre o assunto.

 
Muito bom, paguei meu IPVA no PIX, foi muito fácil. Bem melhor que ir em lotérica!

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